terça-feira, 3 de agosto de 2010

Vazamento no Golfo do México é 'pior desastre dos EUA'

Vazamento de petróleo no Golfo do México é o pior desastre ambiental da história dos Estados Unidos, segundo a principal assessora para Energia da Casa Branca, Carol Browner.

Browner disse também que os americanos estão preparados para "a pior situação", ou seja, que o óleo continue a vazar até agosto.

A empresa petrolífera BP, responsável pela plataforma Deepwater Horizon que explodiu em 20 de abril, matando 11 pessoas e iniciando o desastre, afirmou que vai utilizar uma nova estratégia para tentar conter o vazamento.

O representante da BP Doug Suttles destacou, no entanto, que não há garantias de que o esquema vai funcionar e, mesmo que funcione, será capaz de controlar a maioria do vazamento, não interrompê-lo totalmente.

Pelo menos 75 milhões de litros de óleo já vazaram no Golfo do México, atingindo mais de 110 quilômetros do litoral do estado americano da Louisiana.

"Mais petróleo está vazando no Golfo do México agora do que em qualquer outra época da nossa história. Isso significa que é mais óleo do que o Exxon Valdez (navio que vazou na costa do Alasca em 1989)", afirmou Browner, em entrevista à rede de TV americana NBC.

Solução definitiva

Ela disse ainda esperar que o plano mais recente da BP funcione, mas admitiu que ele seria apenas uma medida temporária e que a única solução definitiva pode vir a ser a perfuração de um poço secundário, que já está em andamento, mas ainda levará pelo menos dois meses até ser completada.

Browner disse que a BP foi orientada a não perfurar um outro poço de apoio, caso o que está sendo feito não funcione.

A nova solução apresentada pela BP deve ser posta em prática nos próximos quatro dias. Ela prevê a utilização de submarinos-robô para entrar na tubulação danificada e cortá-la de forma que um novo tubo possa ser encaixado.

No entanto, a BP salientou que isso nunca foi feito a uma profundidade de mais de 1,5 quilômetros e que "a aplicação bem-sucedida do sistema de contenção não pode ser garantida".

O sistema proposto pela petroleira é parecido com a solução de um cone gigante, abandonada há semanas após tentativas fracassadas.

Em outra entrevista na televisão, o diretor-administrativo da BP, Robert Dudley, afirmou que a empresa está aprendendo com as suas tentativas fracassadas e continuará a tentar resolver o problema.

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